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Monte Farinha

Em vez de "Caminho Novo" vai passar a chamar-se o sítio aonde essa antiga via conduz: Monte Farinha.

Monte Farinha

Em vez de "Caminho Novo" vai passar a chamar-se o sítio aonde essa antiga via conduz: Monte Farinha.

voltar de novo

15.09.09 | aquimetem, Falar disto e daquilo

 

         Faltei mais um ano na Grande Peregrinação de Setembro que no alto do Monte Farinha ocorre anualmente no 1º Domingo de Setembro, encerrando ali o ciclo das grandes festividades que tem inicio no último domingo de Maio. E mais pesaroso fiquei por em Ano Sacerdotal que está a decorrer não ter ouvido ao vivo a homília proferida por D. Joaquim Gonçalves e desenvolvida à volta do tema: "Marta preparou o Sacerdote e preparou o Cordeiro".

          Mas se lá faltei no passado dia 6, em contrapartida fiz daquele local sagrado, nos dias 24 e 25 de Agosto, espaço meu e de mais uma dezena e meia de almas que de terras de Leiria (Santo Aleixo da Bajouca) comigo vieram em jeito de peregrinação conhecer terras de Basto.

           Manhã cedo do dia 24, pela entrada nº 4 da A17, partimos em direcção a Aveiro, onde na área de serviço local paramos para tomar um café e depois por Antuã, Ponte do Freixo, Aguas Santas, Amarante e Celorico de Basto alcançar Mondim por volta das 11h00. Aqui antes de subir ao alto do Monte Farinha foi a visita obrigatória à zona verde e ao núcleo histórico da vila cujo zelo e brio patentes nesses espaços espelham bem o labor autárquico de Fernando Pinto de Moura, nem sempre devidamente reconhecido por alguns dos seus vilões conterrâneos.

           Os cerca de 12km. que separam Mondim (vila) de cimo do Monte Farinha (Vilar de Ferreiros) demoram a percorrer o tempo que a locomoção impuser; a nossa, com máquinas de todo o terreno, bastaram 15 minutos para fazer o trajecto pois às 12h00 já eu me encontrava dentro da ermida  a rezar o Angelus a Nossa Senhora.

          Como "nem só de pão vive o homem" e  muito menos sem clientes o restaurante da Senhora da Graça se mantem, nada como encaminhar para lá a nossa caravana e com a presença do Sr. Mário Borges, membro da Irmandade, e da fadista Fernanda do Amparo nos refastelar ali com um lauto almoço à transmontana servido.  

          Depois foi descer da "Pirâmede" e viajar  pela  montanha mondinense até à Cabana de Lamas de Olo, passando, na ida, pelas aldeias da  Cainha, Vilar de Ferreiros, Vilarinho, Bilhó - onde nesse dia (24 de Agosto) se festeja São Bartolomeu -, Bobal, Anta e "Lamardolo", para na  Palhota petiscar umas lascas...

 

           No regresso, agora em demanda das Fisgas de Ermelo, em Pioledo  tomamos a direcção do Fojo que não tardou a ser descoberto, ou não fosse connosco o  habilitado e generoso cicerone  Mário Borges!

           Se o Monte Farinha seduz com a sua deslumbrante paisagem panorâmica, as Fisgas deixam pasmado quem das suas fragas sobre o leito tenebroso do Olo se deixa aproximar. E as mães que nos acompanhavam desses perigos se aperceberam mesmo sem ser preciso alerta-las, segurando os filhos.

  

           O fim do dia aproxima-se e lá no cimo do Monte Farinha  o zelozo ermitão Salvador Barroso espera por nós para franquear as portas do Cento de Apoio aos Peregrinos que este ano ali passou a funcionar. Pela estrada de Ermelo, Paradança e Mondim de novo subimos ao "Iteiro da Senhora" ou do " Santinho" (São Tiago) para jantar num restaurante que por encerrar às 19h00 nos obrigou a fazer sem querer uma pequena penitência...Só quem está no convento sabe o que lá vai dentro. 

           Num destes 11 quartos duplos que o Centro de Acolhimento de Nossa Senhora da Graça agora passou a dispor, repousei de 24 para 25 de Agosto; e convido  doravante todos os meus amigos que como eu admiradores da natureza e das paisagens fortes o façam sempre que visitem terras de Basto ou de Santa Senhorinha. Vale a pena!

 

          Ao levantar ou erguer da cama uma das paisagens sedutoras com que logo encaramos é  Vilar de Ferreiros e como pano de fundo o Toumilo, um imponente contraforte da serra do Marão a separar São Vicente de Ermelo de São Pedro de Vilar de Ferreiros. 

           Creio que satisfeitos e culturalmente mais enriquecidos com esta viagem pelo interior do Portugal desconhecido, estes bajouquenses que se fizeram acompanhar do seu estimado pároco, Sr. Padre Abel,  e do alfacinha  diácono permanente João Paiva, não dispensaram despedir-se da nobre estadia no "Altar de Basto" sem antes, no santuário ou ermida de NS da Graça, tomarem parte na  celebração  eucarística pelo nosso distinto companheiro de viagem celebrada. E assim, com a alma e o coração mais enriquecidos, por Veade, Lordelo, Ourilhe, Lameira, Fafe, Guimarães, Porto, Aveiro e Figueira da Foz  todos regressamos contentes  a terras do Lis com a promessa e vontade de voltar de novo.