Coadjutor de Vila Real
Deu ontem entrada como bispo coadjutor Vila Real, o nosso insigne comprovinciano Dom Amândio Tomás que é o primeiro bispo natural da diocese a desempenhar tais funções. A sua nomeação como é sabido deve-se ao facto do bispo titular Dom Joaquim Gonçalves se encontrar muito debilitado, devido a uma grave enfermidade do foro cardíaco.
Vindo de Évora, onde foi bispo auxiliar, Dom Amândio vem agora para uma diocese bem sua conhecida, e ainda que apenas na condição de coadjutor a sua acção apostólica promete vir a produzir muitos frutos, à medida dos de Dom Joaquim Gonçalves e de seus antecessores. Disso já deram a perceber as declarações que fez à imprensa lembrando que " Há toda a vantagem em criar um Portugal harmónico. As pessoas não vão para o litoral por mero e puro prazer, mas por necessidades de ordem económica. Por isso, se lhes proporcionarmos postos de trabalho elas fixar-se-ão", lembrou agora ele ao mostrar-se preocupado com a desertificação que atinge o interior do País. A Igreja tem que começar a falar alto e em bom som, para que os surdos ouçam....
Recebido com o entusiasmo próprio do povo transmontano, mais de uma centena de sacerdotes e 15 bispos assistiram à entrada oficial de Dom Amândio Tomás na sua nova diocese. A Irmandade de Nossa Senhora da Graça lá se fez representar pelo seu presidente e secretário respectivamente Padre Manuel Correia Guedes e Manuel Mário Borges Lopes. Eu não fui, mas daqui saúdo muito respeitosamente Dom Amândio, e a Dom Joaquim desejo rápidas melhoras, em dia de Nossa Senhora de Lurdes que há 150 anos, nesta data, apareceu a Bernardete.