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Monte Farinha

Em vez de "Caminho Novo" vai passar a chamar-se o sítio aonde essa antiga via conduz: Monte Farinha.

Monte Farinha

Em vez de "Caminho Novo" vai passar a chamar-se o sítio aonde essa antiga via conduz: Monte Farinha.

O bezerro de ouro

25.11.06 | aquimetem, Falar disto e daquilo

          A lenda que se conta em Vilar de Ferreiros à volta do "bezerro d'oiro", que uma   moira encantada esconde consigo na Mina dos Mouros, cedo me despertou curiosidade e também receios infantis de sozinho passar no  mágico local: a Plaina dos  Mouros, entre o Meão Grande e o Meão Pequeno, nos montes Farinha. Local que diga-se de passagem foi outrora muito concorrido pelo menos até 1934, altura em que os Serviços Florestais proibiram ali a prática do pastoreio, do corte de lenha, do ir ao estrume ou fazer carvão como era tradição das gentes vizinhas, desde tempos imemoriais.

          Para lá chegar, indo de Vilar, a escalada inicia-se junto à Poça do Souto, tomando um estreito quelho que vai dar aos Poços do Linho, onde esbarra com o caminho de quem for pelo Pontão. Depois prosseguindo pelo lajeado trajecto temos o Carregal, para à direita trepar em direcção às arqueológicas Recheiras que uma vez vencidas dão acesso ao Caminho Novo. Uma vez aqui, quase logo no inicio, em lugar de seguir para a Senhora da Graça, toma-se um atalho que pelo monte fora vai direito à Fonte dos Gatos, local donde já se avista, perto, a Plaina dos Mouros, lá ao cimo, entre os cotos dos  dois montes que citei. Mas para chegar até aqui foram mais de 30 minutos de bom caminhar. 

          Chegando à plaina depara-se com um enorme montão de pedragolhos sobrepostos a esmo que a tradição aponta como sendo o recinto onde mora uma moura com um tesouro que dá a quem a desencantar em noite de São João, claro que lendo de fio a pavio e sem temor o recomendado livrinho de magia. Desta lenda e busca do tal tesouro, contava-me mais tarde muito convencida uma minha conterranêa, Augusta Ferreira, a história que segue:

          "A ti Queirota, do Iteiro, bem lá foi arriba p'ra trazer o bezerro  d'oiro, mas o que lhe aconteceu foi vir pelos ares parar ao Carregal, trazida por um redemunho de vento. E o bezerro lá ficou na mesma...É que nestas coisas... ao ler o livro, as pessoas não podem ter medo. " - Lendas da minha infância.     

 

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